A primeira versão do decreto de bandeira vermelha possibilitava o trabalho interno nas imobiliárias; reedição retirou a possibilidade
O vice-presidente do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), Ricardo Toyofuku, foi recebido na prefeitura de Curitiba por Bruno Pessuti, chefe de gabinete do vice-prefeito nesta terça-feira (01). Toyofuku foi acompanhado por diversos representantes de entidades do mercado imobiliário e o pedido levado à conhecimento de Pessuti trata-se da necessidade de que as imobiliárias possam, ao menos, funcionar com serviços internos. “Fomos pegos de surpresa com a reedição do decreto e a inclusão das imobiliárias nas atividades não essenciais e suspensas”, disse.
“Essa é uma demanda importante e que, como chefe de gabinete do vice-prefeito Eduardo Pimentel, iremos levar a ele e ao comitê responsável, pois entendemos que se trata de um setor essencial. Por outro lado, fazemos um apelo a toda sociedade para que todos façam o possível para que a cidade ultrapasse esse período de tanta dificuldade e que possamos voltar à normalidade o quanto antes”, afirmou Bruno Pessuti durante a reunião.
Entenda o caso
O decreto que elevou Curitiba à condição sanitária de bandeira vermelha incluía as imobiliárias no contingente comercial que poderia trabalhar de maneira hibrida, com até 50% dos funcionários presencialmente, sem ofertar o atendimento presencial. Porém, o decreto teve o seu segundo artigo reeditado e as imobiliárias perderam a possibilidade de realizar trabalhos internos.
Ainda de acordo com Toyofuku, esse momento do mês é o mais complexo para a atividade imobiliária, pois está justamente no período de pagamentos e essa impossibilidade trará reflexos negativos para todo o mercado, uma vez que pode ocasionar atrasos na movimentação desses recursos que se enquadram como complemento de renda das pessoas. “As imobiliárias estão muito focadas ainda na mediação das renovações de locação, pois o principal índice utilizado para essa renovação é justamente o IGP-M, que neste mês fechou no acumulado de 12 meses em 37%”, aponta.
Continuidade de agenda
Durante a tarde desta última segunda-feira, os representantes do mercado imobiliário estiveram na prefeitura e protocolaram um ofício contendo as necessidades do setor. Além do Secovi-PR, assinam o ofício pelo segmento as seguintes entidades: Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), Associação dos Proprietários de Imobiliárias (ADPI), Rede Imóveis, Rede Bee, Rede Apolar e Câmara de Valores Imobiliários (CVI).