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Projeto “Histórias e Retratos da Feira do Largo da Ordem” resgata memórias da tradicional feira curitibana

Projeto “Histórias e Retratos da Feira do Largo da Ordem” resgata memórias da tradicional feira curitibana
Platea Comunicação & Arte
dez. 1 - 4 min de leitura
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Além de um e-book recém-lançado, o projeto ainda prevê uma exposição e um livro de histórias em quadrinhos


O livro digital “Histórias e Retratos da Feira do Largo da Ordem”, resultado do projeto cultural de mesmo nome, já está disponível de forma gratuita. A iniciativa é uma parceria entre a Flutua Produções e a Canô Produções, que uniram esforços para coletar as memórias das pessoas responsáveis pela permanência de uma das maiores feiras urbanas do Brasil a partir do enfoque histórico, antropológico e fotográfico. O resultado consiste na publicação do volume 150 do Boletim Casa Romário Martins, série de publicações que dialogam com a história e com o patrimônio da cidade de Curitiba. Para baixar o livro, basta acessar o site www.historiasdafeiradolargo.com.br.

A obra, construída coletivamente por várias mãos e vozes, mescla reflexões históricas e etnográficas através de pesquisas teóricas e empíricas, unindo duas áreas da ciência ao olhar artístico expresso através das fotografias de feirantes que constroem e mantêm a Feira. O objetivo é valorizar as pessoas envolvidas na manifestação cultural, resgatando e preservando as memórias que permeiam a tradicional feira do domingo curitibano.

A primeira fase consistiu na pesquisa histórica, realizada pela historiadora Soraia Gatti, que viabilizou a construção crítica de uma narrativa para a origem e a trajetória da Feira. A pesquisa antropológica e a construção dos 21 capítulos que trazem as narrativas de vida de cada feirante ficaram por conta da antropóloga Luana Camargo, enquanto a fotógrafa Carolina Castanho se encarregou dos registros visuais.

Além do lançamento online do primeiro volume do livro, o projeto conta com uma tiragem de 1000 exemplares físicos, com distribuição à cargo da Fundação Cultural de Curitiba. Ainda, o projeto irá se desdobrar em uma exposição fotográfica no Museu da Fotografia de Curitiba e também no livro “Histórias do Largo”, com as memórias de dez feirantes adaptadas para os quadrinhos. As ações estão previstas para acontecer em março de 2023.

A Feira do Largo da Ordem surgiu no início da década de 70 e logo em seguida foi oficializada. Hoje, 50 anos depois, reúne em torno de 1.300 pessoas mantenedoras do evento: artesãos, cozinheiros e comerciantes de produtos. No calçadão do Largo da Ordem, encontramos comidas e bebidas populares de diferentes regiões e nacionalidades que hoje compõem nosso patrimônio em virtude das correntes migratórias e de refúgio. Além da alimentação, a Feira oferece uma variedade de roupas, calçados, acessórios de moda e moda casa, antiguidades e outros itens para todos os gostos. Em 2018, a Feira do Largo foi reconhecida como patrimônio imaterial de Curitiba pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural.

A antropóloga e uma das idealizadoras da iniciativa, Luana Camargo, reforça o intuito do projeto cultural: “entendemos e defendemos que os próprios feirantes, cada um com suas histórias, seus trabalhos e suas criações, são parte de nosso patrimônio cultural. Os feirantes e suas trajetórias de vida, atravessam e são atravessados pela manifestação cultural que é a Feira do Largo da Ordem. Quando pensamos nela e em sua importância histórica e cultural, para muito além do evento em si, há a vida da Feira, que são cada um dos 1.300 indivíduos que a constroem e mantêm dia após dia. Como qualquer manifestação cultural, a Feira é viva. Tecida por muitas mãos.”, diz.

O idealizador do projeto e produtor cultural Gilmar Kaminski comenta sobre a continuidade do projeto em 2023. “Desde a idealização do projeto, nosso objetivo é trazer protagonismo às pessoas que constroem diariamente a Feira do Largo da Ordem, manifestação que é uma inesgotável fonte de histórias que merecem ser contadas. Com a vontade imensa que essas vozes ecoem cada vez mais, os relatos desse primeiro volume estão sendo adaptados para os quadrinhos e uma exposição das fotografias está agendada para o próximo ano”, conclui.

Projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.














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